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Consultor de Marketing digital
Recentemente, manchetes como “Google contesta alegações de queda no uso de seu mecanismo de busca” e “Testemunho da Apple sugere declínio no uso do Safari” tomaram conta dos portais de tecnologia, gerando questionamentos sobre o futuro da navegação e do consumo de informação online. O impacto foi percebido até mesmo no mercado financeiro, impulsionando o impacto nas ações da Google após divulgação das notícias. Mas o que está por trás disso tudo? E mais importante: o que isso significa na prática para marcas B2B, que dependem de mecanismos de busca para nutrir funis de vendas e extrair dados estratégicos?
O mercado reagiu à divulgação de documentos judiciais e testemunhos ligados a acordos entre Apple e Google, que indicariam uma leve redução no uso do mecanismo de busca padrão no Safari — um dos principais canais de entrada de tráfego da Google. Isso levou a manchetes sugerindo uma suposta queda no uso de buscas na internet.
Diante disso, o Google rebateu duramente, afirmando que as interpretações estão distorcidas e que o volume de buscas segue crescendo, principalmente com a diversificação de canais como Android, YouTube, Maps e integrações via API. O argumento principal do Google é que não se pode observar isoladamente o Safari, ignorando o ecossistema de bilhões de dispositivos conectados à sua infraestrutura de dados.
“Nossa liderança em buscas vai além da presença em navegadores. Estamos presentes em cada toque de descoberta digital. E isso só tende a crescer.” – Porta-voz do Google
O que o episódio expõe não é quedas generalizadas no uso da busca, mas sim a fragmentação dos ambientes digitais. A jornada do usuário hoje acontece de maneira não linear — entre redes sociais, marketplaces, vídeos e motores de recomendação. Isso exige um novo mindset para times de marketing B2B que atuam com growth marketing, tráfego pago e vendas complexas.
E é justamente aqui que reside a oportunidade: entender como o comportamento muda permite antecipar movimentos, adaptar estratégias e gerar crescimento previsível. Veja abaixo um framework prático usado por equipes da Beatz para mapear esse novo comportamento digital.
Esse modelo valoriza não só o dado final de conversão, mas os diversos sinais intermediários que acontecem antes da decisão — o que exige boa governança de dados, integração entre ferramentas e estruturação do tracking.
Se a audiência não está mais iniciando sua navegação apenas pela barra do Google, os fluxos de tráfego pago devem refletir isso. Um erro comum é investir 90% do orçamento em performance search (Google Ads) ignorando que hoje, até mesmo decisões B2B são influenciadas por conteúdo visual, autoridade social e remarketing inteligente.
Veja abaixo um exemplo real de arquitetura de campanhas full-funnel, usada por clientes da Beatz em segmentos como SaaS, Indústria 4.0 e Serviços Corporativos:
1. Campanhas de Topo:
- YouTube Ads com cases
- Meta Ads com prova social (reels e depoimentos)
2. Campanhas de Consideração:
- Campanhas no LinkedIn segmentadas por cargo e setor
- Performance Max com criativos dinâmicos
3. Decisão:
- Google Search com palavras-chave específicas
- Remarketing baseado em eventos (scroll, visita, play de vídeo)
4. Conversão:
- E-mail com link de agendamento integrado ao CRM
- WhatsApp com API e segmentação via Tag Manager
O ajuste fino vem da personalização via trackeamento avançado e dashboards personalizados, permitindo foco no que realmente converte — algo essencial quando o funil é longo e envolve múltiplos stakeholders.
Quando falamos em ambientações complexas de campanhas e múltiplos pontos de contato, o tracking é o único caminho possível para mensurar ROI com clareza. Isso vale tanto para Google quanto para mídias sociais e portais B2B.
Usar o Google Tag Manager não é mais opcional. Segue um exemplo de como marcar eventos personalizados, com foco em interações de conteúdo técnico (muito comuns em empresas B2B):
// Tag: Scroll em artigos com mais de 1000 palavras
window.addEventListener('scroll', function() {
let scrollHeight = Math.max(document.documentElement.scrollHeight, document.body.scrollHeight);
let scrollTop = window.scrollY;
let clientHeight = document.documentElement.clientHeight;
let percentScrolled = (scrollTop + clientHeight) / scrollHeight * 100;
if (percentScrolled > 75) {
dataLayer.push({
'event': 'article_scroll',
'eventCategory': 'Engajamento',
'eventAction': 'Scrolled 75%',
'eventLabel': window.location.pathname
});
}
});
Esse tipo de microconversão é vital para entender se seu conteúdo B2B está sendo consumido e quais tópicos merecem reforço nas campanhas. Dados assim alimentam dashboards de performance que conectam marketing e vendas.
Empresas com ciclos de vendas longos e tickets elevados precisam de dados orquestrados — um CRM isolado ou um formulário no site não é o suficiente. Algumas das integrações básicas que recomendamos em projetos de crescimento B2B incluem:
Essas integrações permitem automações como:
// Exemplo: se lead abrir 3 conteúdos sobre "Machine Learning", ativa e-mail específico
if (user.tags.includes("machine_learning") && user.content_views >= 3) {
triggerEmail("Sequência ML - Lead quente");
}
Resultados? Campanhas com menor custo por lead qualificado e velocidade no ciclo de venda.
O Google contesta alegações de queda no uso de seu mecanismo de busca com razão: o comportamento do usuário mudou, mas a demanda informacional segue existindo — só está mais pulverizada.
O marketing B2B de alta performance deve se antecipar a isso, combinando growth marketing orientado a dados, movimentos criativos e mensuração precisa.
Portanto, mais do que se preocupar com a queda no uso de buscas, sua preocupação deve ser com a visibilidade em todos os pontos dessa nova jornada digital — e como unir canais, dados e conteúdo para gerar autoridade e conversão.
Se sua empresa enfrenta um ciclo de vendas longo, com múltiplos decisores e alto custo de aquisição, entender essas dinâmicas é vital para competir.
Que tal avaliar sua estrutura atual e conversar com quem vive isso na prática? Richard Alquati já ajudou empresas de todos os portes a transformar marketing em canal real de aquisição escalável.